De Mãos Dadas, o Antigo e o Novo

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De Mãos Dadas, o Antigo e o Novo

Um palacete da década de 1920, que foi construído em Manaus à Rua Dez de Julho, 459 com vista para lateral do Teatro Amazonas, ocupando dois terrenos que abrigou até meados do ano de 1924, a antiga e primitiva usina elétrica do ilustre vizinho.

Neste Palacete Histórico que hoje abriga o Hotel Juma Ópera, considerada uma ousada iniciativa empresarial, que em 2008 levou inúmeros encontros e tratativas com o cauteloso Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, tendo sua aprovação do projeto arquitetônico pelo órgão concluída em 2017.

Todo esse imbróglio se deu para ser definido, o que, e como fazer com uma edificação sem estilo definido e sem valor histórico-arquitetônico, o imóvel do número 481 que fica a lado do Palacete.

Esse edifício sem identidade arquitetônica, foi chamado de uma “não-arquitetura”, uma vez que foi considerada um ''patinho feio'‘, por contribuir negativamente com a sua nobre e bela vizinhança, a construção era isenta de qualquer valor estético, que pudesse ser qualificado em um determinado estilo.

Diante desta difícil questão, e somado com a necessidade de transformar o ''patinho feio'' em belo ''Cisne'' e ser valorizado, os audaciosos empreendedores optaram por uma alternativa que culminou no ‘retrofit’ do imóvel, revestido em novo desenho de fachada, em total harmonia com o conjunto de época, sendo facilmente distinguível o antigo do novo.

Essa elogiável prática, é a maior prova de que o patrimônio cultural não deve ser algo “engessado”, podendo sim conviver, desde que harmoniosamente, com vizinhos e anexos contemporâneos.

Os empreendedores do Hotel Juma Ópera, não só agregaram um estilo ao seu empreendimento, como presentearam o seu entorno, com uma belíssima estrutura de vidro e metal, chamada pelos especialistas de ''gazebo''.