Ruínas de Paricatuba
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Foi construído no ano de 1898, no município de Iranduba a 40 km de distância da capital amazonense, na região onde está localizada hoje a comunidade de Paricatuba, uma luxuosa hospedaria, com materiais importados da Europa, para hospedar imigrantes europeus que vinham para o Amazonas em busca de trabalho no período áureo da borracha.
O prédio chamado Belizário Penna com sua inauguração em junho de 1906, foi administrado por padres franceses e ao longo dos anos teve várias finalidades além da hospedaria, chegou a funcionar como casa de detenção até 1924 e foi sede do Instituto Afonso Pena e Liceu de Artes e Ofícios.
Em 1933 ela foi transformada no hospital Belisário Penna (Leprosário Paricatuba), e recebeu cerca de 310 pacientes portadores da temida doença hanseníase. O Leprosário Paricatuba funcionou por quase 40 anos.
Quando fechou suas portas, vários destes pacientes foram transferidos a Manaus, para a Colônia Antônio Aleixo, naquela época, a população manauara acreditava que os hansenianos contaminavam as águas dos rios, transmitindo a doença para toda população.
O luxuoso prédio se destacava e ostentava lindas janelas coloniais com piso em madeira de pinho de riga (faz referência à cidade de Riga, na Letônia), vasos de louça inglesa, com paredes revestidas de azulejos portugueses.
O curioso nome Paricatuba, deriva de "paricás", uma erva alucinógena utilizada em rituais indígenas, e "tuba", que significa grande quantidade.
Apesar da Vila de Paricatuba ter sido classificada como Patrimônio Histórico Cultural do Estado desde 2015, hoje as ''Ruínas de Paricatuba'' resistem ao tempo e ao abandono e quando buscamos uma visão aérea, parece que a centenária construção, se camufla envergonhada na vegetação.
Manaus Abandonada/Todos os direitos reservados - Edição e fotos: Domingos Petroceli - Fotos aéreas: Lucas Petroceli -Produção: Paulo Ioppi
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